#006 - Fobias, os inovadores e o que podemos aprender com a história da BlackBerry
Curadoria semanal sobre UX, Design, Liderança, Criatividade, Livros, Vida
Provavelmente escreveria esta newsletter de Brasília, minha cidade natal. Não está acontecendo porque tive um problema pessoal e não pude viajar.
Meu filho Gabriel, de 16 anos, já havia demonstrado receio de viajar de avião. Nós viajamos com ele algumas vezes no Brasil e duas vezes nos Estados Unidos.
Nessas viagens, sempre houve uma grande ansiedade. Mas dessa vez, o medo era tão grande que ele não conseguiu sair do portão de embarque.
Foi uma situação ruim. Além da pressão do embarque, tivemos que pegar as malas que já estavam no avião e avisar à família e amigos que não iríamos para Brasília.
Apesar de querer rever amigos e família no final do ano, o mais importante foi cuidar da saúde do Gabriel. Minha esposa e eu demos o suporte necessário para o bem-estar dele. Recentemente o Youtuber Felipe Neto fez um depoimento na internet de uma situação bem parecida.
Segundo o psicólogo Nicolau Chaud, medo de avião, de aranha e de altura estão entre as fobias mais comuns. Os transtornos fóbicos são causados por problemas de ansiedade.
Atualmente existe um número muito grande de pessoas com fobia social, por exemplo. Mais intensa do que a timidez, a fobia social é caracterizada quando o medo de viver determinada situação gera um intenso desconforto e, por consequência, implica em perdas de qualidade de vida ou defasagem profissional. São situações como não ter coragem de falar em público, fazer uma apresentação, ir ao happy hour da empresa, trabalhar sendo observado.
Para o psicólogo Nicolau Chaud é imprescindível identificar a necessidade de tratamento. “Quando a pessoa relata uma fobia é importante saber se vale ser tratada ou não. Algumas pessoas têm medo, mas podem conviver muito bem com ele”, afirma.
Os inovadores
O livro Os Inovadores foi escrito por Walter Isaacson, que já escreveu biografias importantes, como Steve Jobs, Leonard Da Vinci e Elon Musk.
Walter apresenta de forma detalhada a história das principais pessoas que ajudaram a desenvolver as invenções tecnológicas que usamos hoje.
O movimento hippie teve um papel fundamental nas discussões sobre o respeito à liberdade, principalmente porque só o governo e grandes empresas tinham acesso aos computadores na época.
É interessante notar como as personalidades dos grandes gênios foram essenciais para a tecnologia que utilizamos hoje. Enquanto Bill Gates era nerd em softwares, Steve Jobs era apaixonado por design e uma execução primorosa. As duas personalidades criaram a cultura atual de suas empresas, a qual permanece presente.
Enquanto a Microsoft se concentrou em popularizar o uso do software em todos os computadores, a Apple focou em integrar o software ao hardware em busca de uma experiência quase perfeita.
Outro aspecto relevante do livro é o surgimento da interface gráfica que ajudou a colocar o computador na mesa das pessoas. Jobs foi um dos maiores responsáveis por termos interfaces simples e fáceis de usar.
Que lições podemos aprender com a história da BlackBerry
Nesta semana, assisti ao filme que trata da história da BlackBerry. A empresa foi fundada no Canadá e ficou conhecida por projetar aparelhos celulares bastante seguros e com um teclado físico.
A história da BlackBerry tem semelhanças com outras empresas, como a Xerox, que poderia ter dominado os computadores, e a Blockbuster, que poderia ter comprado a Netflix antes da era dos streamings. Essas empresas tinham conhecimento do mercado e poderiam ter prosperado. Faltou coragem, visão ou excesso de arrogância?
A BlackBerry se perdeu, principalmente após o lançamento do iPhone em 2007. Steve Jobs foi impecável na apresentação de que os aparelhos celulares não precisariam de um teclado físico. O CEO da BlackeBerry foi irônico e perguntou “Porque as pessoas usariam um celular sem teclado físico?”
A história da BlackBerry, Xerox e Blockbuster demonstra a importância de se respeitar o concorrente, observar as pessoas usando o seu produto e, sobretudo, ter um olhar atento para as tendências futuras.
Os 10 melhores livros que li em 2023
Esfarrapados: Como o elitismo histórico-cultura moldou as desigualdades no Brasil
The Edifice Complex: How the Rich and Powerful--and Their Architects--Shape the World
Empatia assertiva: como ser um líder incisivo sem perder a humanidade
The Master: The Long Run and Beautiful Game of Roger Federer
Acompanhe a minha lista completa aqui.
Feliz 2024 e até semana que vem.
Que bom que cuidaram do Gabriel, espero que reencontrem os amigos e família logo!
Feliz 2024 pra você e toda família meu querido