Você já imaginou entrar em um restaurante e encontrar um prato sujo na mesa? O símbolo de limpeza em um local onde fazemos as refeições são elementos super básicos e fundamentais para que as pessoas confiem no restante do processo.
Os símbolos existem desde que a humanidade nasceu e precisou se comunicar. Antes das palavras, as pessoas utilizavam imagens, sentimentos e arquétipos para transmitir suas intenções. Os símbolos são as formas mais eficazes de comunicar uma intenção, e podem ser representados por meio de um elemento visual ou comportamento.
Os principais símbolos de um país são sua bandeira, hino nacional, língua, economia e povo. Todo país tem símbolos que o representam muito bem. Quando fui para Los Angeles, nas minhas férias de 2023, fiquei bastante impressionado como as pessoas gostam de dirigir carros grandes. Talvez seja uma maneira de mostrar o poder econômico que os Estados Unidos querem evidenciar ao mundo.
Os símbolos de uma empresa são sua cultura e marca. A marca é representada pelo seu logotipo, sua identidade visual e verbal. A cultura é um dos elementos fortes que ajudam a atrair pessoas para o movimento. Por exemplo, a Apple tem a mesma qualidade nas suas produções na Apple TV que um iPhone ou MacBook. Consistência é uma característica crucial para uma empresa que se destaca pela excelência.
Os símbolos de qualidade de um produto digital surgem quando as pessoas conseguem resolver seus problemas de maneira prática, rápida e com uma certa conexão emocional. Para fazer um bom produto digital, precisamos respeitar todos envolvidos no processo. Cada detalhe importa. Sem isso, as pessoas vão perceber que a qualidade é ruim.
Para produzir produtos de qualidade, é preciso ter repertório e se importar. Se a qualidade não está na cultura da empresa, das pessoas e no processo de decisão, dificilmente vai fazer parte daquilo que os clientes vão usar na ponta. Se as pessoas não têm cuidado com a mensagem que enviam, com a apresentação que desenham para comunicar algo relevante, por que elas teriam cuidado com o software que entregam para o usuário?
Construir produtos de excelência é se importar com tudo e com todos. Se preocupar com quem usará, quando e por quê. Se preocupar com como será construído, qual é a estratégia, onde a empresa quer chegar e como isso será evoluído após ser lançado.
Para criar símbolos de qualidade em produtos digitais, é necessário ter um bom repertório, usar bons produtos e ser exigente. A mesma exigência que temos quando contratamos ou usamos algo deve ser aplicada à rotina daquilo que fazemos.
A qualidade é manifestada de diversas maneiras. Está conectado a preparo, investimento de tempo e cuidado. Cuidado com a comunicação durante um evento, com uma mensagem escrita no Slack ou com uma interface que resolve um problema relevante de várias pessoas.
Qual é o momento em que alcançamos um resultado de qualidade? Quando todos os cenários foram pensados e testados em uma nova interface. Quando você ensaiou várias vezes uma apresentação importante. Quando não ficou satisfeito com a qualidade dos slides que desenhou, trabalhou incessantemente para melhorar cada detalhe. Quando as pessoas conseguiram usar o seu produto e ainda tiveram aquela sensação boa de quando conhecemos alguém agradável, ou assistimos a um filme que nos emocionou.
Os símbolos de excelência também podem ser observados em uma relação de trabalho. Pode ser medida quando a relação é transparente, honesta e tem uma comunicação clara. Uma boa relação, seja ela profissional ou pessoal, só é garantida quando também damos relevância e dedicamos esforços a ela.
Sempre existirão símbolos com uma intenção. A qualidade das relações entre pessoas e marcas está sempre no valor entregue.
A intenção e a energia são fundamentais para que a qualidade seja percebida de forma positiva, especialmente em um momento em que a correria e a pressa de fazer logo podem passar a falsa impressão de diferenciação.
Qualidade não é entregar logo, é entregar algo que funciona e gera uma relação positiva entre pessoas ou marcas. Quando a qualidade é percebida, as pessoas oferecem uma segunda chance para as empresas.
Que texto primoroso, Rogério!